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MUSICALIZAÇÃO

Percepção Integral e Teoria da Música Popular

 

Os métodos convencionais para ensinar teoria e solfejo foram criados para os músicos eruditos. Eles são, em geral, instrumentistas que precisam de uma leitura excelente para participar de uma orquestra, por exemplo. Para os músicos populares, por sua vez, isso não é o bastante.

 

A música erudita já está escrita. O compositor erudito define tudo na sua partitura, como a localização das notas em cada acorde, a dinâmica, etc. Em última análise, a função do instrumentista é executar, com o máximo de esmero, a obra finalizada no papel.

 

A musica popular, ao contrário, nunca está terminada. Suas partituras são simples esboços das melodias, com uma mensão do estilo (bossa, swing, etc.). Os acordes são apenas indicações, cifras, e isso amplia a participação criativa do artista, a quem cabe definir a execução: aberto, fechado, com ou sem alterações, etc. O músico popular precisa ser, a um só tempo, compositor, arranjador e improvisador. Ele define a música na execução. Sem seu trabalho, a obra não existiria.

 

Os métodos convencionais sempre deixaram a desejar no meio não-erudito. As novas técnicas de teoria para música popular precisam desenvolver um músico ativo e improvisador, utilizando métodos de percepção auditiva especializados, desenvolvendo o ouvido relativo, a noção intuitiva de tonalidade, a identificação imediata de acordes e intervalos, a leitura dos cifrados, o conhecimento de escalas típicas, modais e alteradas, assim como harmonia funcional.

          

Quando os eminentes músicos que fundaram a primeira escola de música popular especializada, a “Berklee”, nos Estados Unidos, se reuniram, a falta de métodos específicos foi a principal dificuldade. O grupo terminou por desenvolver as técnicas que hoje são utilizadas no mundo inteiro para formar músicos populares profissionais, em todos os estilos.

 

Os métodos que serão abordados no curso foram desenvolvidos a partir da metodologia “Berklee”.

 

Teoria Musical Contemporânea

 

A música popular, surgida no século XX com características diferentes da música erudita, mudou as regras do estudo. Por isso, neste curso, estudaremos não só as teorias básicas da musica popular, como também ritmos, escalas e outros tópicos.

 

Percepção Sonora e Afinação Tonal

 

O desenvolvimento do ouvido de musicista é imprescindível para sua profissionalização. Trabalharemos reconhecimento e afinação de escalas, acordes, forma e funções harmônicas, sempre desenvolvendo o ouvido relativo com a metodologia do “Dó Móvel”.

 

Ritmo

 

Privilegiaremos a importância do ritmo como base da expressão do musico popular, com exercícios práticos enfocando regularidade e localização rítmica, sempre valorizando os exercícios que desenvolvem síncope, contratempo e swing. Também serão abordados os diferentes estilos musicais classificados pelo ritmo, como swing, bossa ou rock.

 

Harmonia Funcional ou Harmonia Be-bop

 

O jazz nos anos 40, a era do Be-Bop, começou a alçar vôos, utilizando cadências harmônicas mais ricas, modulações de tonalidades variadas e improvisações com escalas modais e alteradas. Toda essa complexidade precisou de uma estrutura harmônica mais prática e funcional, baseada no estudo profundo e racional das funções harmônicas e as possibilidades de re-harmonização. Assim nasceu a harmonia funcional, com a utilização de cifrados e cadências harmônicas, hoje imprescindíveis para qualquer musicista.

 

Criatividade, Improvisação e Expressão

 

O trabalho técnico é só uma ferramenta para a expressão do musico. Este tópico é para explorar a individualidade e criatividade na improvisação, na composição ou no desenvolvimento da expressão e do próprio estilo.

 

 

A musicalização é parte indispensável das aulas convencionais de canto, mas para um maior aprimoramento sempre é recomendado fazer aula individual ou grupal específica dessa matéria.

Os cursos grupais têm uma duração determinada e um plano de aula, mas funcionam também como oficinas, já que abordam temas que precisam de muita prática e repetição, sempre acompanhando as especificidades e tempos dos alunos.

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